quarta-feira, agosto 06, 2008

Nem Freud explica


O assunto ainda não me deixa confortável.
Há 10 dias um poste desgovernado veio em minha direção e me atingiu em cheio.
Nada de plausível a respeito. O lusco-fusco do poente, o pedestre que caminhava na rua e não na calçada e roubou minha atenção, crianças descontroladas no banco de trás, a menstruação que estava quase chegando com sua maneira irritante de se anunciar. Sei que, ao sair do prédio de minha irmã, prédio esse que eu mesma já morei, numa saída bastante ampla - ampla o suficiente para ter um poste no meio, entre a entrada e saída - ele me atingiu bem no meio.
E num beijo seguido de um abraço do poste, só me restou ligar ao seguro e esperar meu carro ser guinchado.
Não há explicação.
E num alerta aviso que árvores também são capazes de tal gesto de amor.
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E no dia seguinte a minha troiana profere o seguinte discurso de total adesão:
"Eu vou 'falá' pro homens que 'faz' casas que não é para nunca mais nesse mundo colocar postes nas ruas".
Fale sim filha, mas por favor não explique muito os motivos :)
Beijos, com o amor que o dia dos pais merece.
Estou muito feliz por estar hoje ao lado dos Pais mais importantes da minha vida: o meu e o do meus troianos.
TiTa