sexta-feira, junho 29, 2007


Meu desejo é que a imagem fale por mim.
Estou econômica em palavras.
Deixo um beijo especial para as pessoas que vem até aqui e comentam, me mostrando que é legal manter um blog...
Ê, gente querida, desaparecida, reaparecida, nunca sumida.

Vou voltar a pensar em palavras, mas por ora só posso pensar em imagem - talvez você me entenda.
Logo isso passa, e vai dar tudo certo.

Beijo e bom final de semana!
Tita

domingo, junho 24, 2007

Céu, limite?

Estou aprendendo sobre concentração, traçar objetivos e ir atrás deles.
Não é a primeira vez na minha vida que isso ocorre, mas reconheço que já fazia um tempo que eu não invocava a "garra do Airton Senna", será que você lembra o que era essa garra?
Ela me vez ir mais longe do que eu até sonhava de uma outra vez.

Estou aprendendo também sobre as cores lindas de final de dia na minha cidade. Não deixo que elas passem por mim sem que eu as reconheça. É impossível não admirá-las.


Pra vocês, meu carinho.
Uma boa semana, depois de um final de semana que foi muito gostoso e especial.
Dá-lhe São João!

Beijo
TiTa

quarta-feira, junho 13, 2007

Na velocidade


Só quero saber do que pode dar certo,
não tenho tempo a perder.
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sem tempo nenhum, principalmente sem tempo para pensar.
beijo
tita

terça-feira, junho 12, 2007

Só você


Para o amor da minha vida,
que nem sequer lê
o que anda escrito por aqui.
Beijos e muito amor a todos!
TiTa

quinta-feira, junho 07, 2007

Que tal uma esticadinha?


Dei uma esticada no meu feriado.


Hoje trabalhei até às 13 em São Paulo. Para isso acordei 4 e meia da matina e peguei a Dutra.

Cheguei mais cedo, deu tempo de uma soneca no carro, ainda no estacionamento do hospital.

O trabalho não foi nada duro, ainda bem. Nesses dias de feriado só procura hospital quem definitivamente não está passando bem. O lado ruim disso é que quando tem trabalho é trabalho de verdade.


Saí do plantão louquinha pra chegar logo em casa e almoçar com a turma toda. Mas quem disse que São Paulo não tem trânsito em feriado? Peguei todo aquele pessoal animado da Caminhada para Cristo no centro da cidade. De início não entendi muito bem porque tantos evangélicos juntos. Por fim continuo ainda sem entender. Um fuá, viu. Mas cheguei. Na marginal Tietê e depois na Dutra, e então em casa. Almocei uma bela lasanha com as crianças mais queridas do mundo num restaurante BBB da cidade. Passei em dois bancos, para coisitas breves e um hipermercado para chocolates. Ando numa fase de chá verde e chocolate, que pode ser branco ou caramelado, como o twix(hummm), ou nutella. Essa última anda me asediando em todos os supermercados a que vou. Uma coisa!


Ainda guardando as compras devorei um chocolatezinho e vi a lateral do carro toda riscada. Alguém riscou o carro passando o carrinho de compras. Féladaputa, pensei. Ficou feio. Comi mais um chocolate para não me senti pior.


De lá, ficamos na casa da minha amiga, que tem crianças e rumamos ao parquinho do condomínio. O troiano quis fazer o número dois por lá, no banheiro do parquinho. O problema é que ele tira toda roupa para fazer um cocô básico. Ainda bem que subiu um calorzinho na tarde que está adentrando na noite. Parquinho acabou. Entramos na casa da amiga, conversamos um pouquito e depois de muito bocejo reuni coragem. Andamos até nossa casa. Troiana quase desfaleceu de andar algumas poucas quadras. Fez um drama, mas nada conseguiu, afinal não estávamos com o papai.

Chegamos, banho quentinho e pijama gostoso.


Agora vou dar uma esticadinha ali na minha cama. Não dura muito. Recebemos visitas troianas na calada da noite e já estou quase me acostumando a ter uma noite fifty-fifty. 50% na minha cama e 50% na cama de um deles, sozinha e soberana.


beijo, amanhã certamente tem muito mais,


TiTa

PS: Hoje é totalmente "te contei".
a foto é a entrada do "condomini", como diz o troiano!

terça-feira, junho 05, 2007

~satisfação~


A Casa De Arnaldo. E de outros também. Capturei a imagem aqui.




Ontem experimententei um sentimento raro. Nem vou corrigir o experimententei, pois Freud explica-nos sobre atos falhos. Assim mesmo me senti quando disse que experimententei e assim me sinto, desse jeito meio gago que vai ficar.
Sabia que estava fazendo o que eu tinha de fazer.
Algo complicado de explicar mas perfeitamente possível de se compreender.
Entender que você tinha de estar lá, naquela hora, para fazer justamente tudo aquilo que fez, para obter aquela reposta esperada, na verdade até melhor do que planejada.
Esse sentimento é muito bom. Bom e raro, como eu disse. E é ele que nos guia nessa vida que não tem explicação, mas nos dá de sobra todo tipo de sensação.




Beijo com nariz gelado do frio,brrrrrrrr



Tita.
Para entender: Casa de Arnaldo é também a Faculdade de Medicina da USP.
.quarta.
Atualizo, para situar, já que tudo ficou "misterioso" demais.
Eu falava sobre momentos da vida que nos dão sentido ao viver, ao existir e ao fazer o que fazemos, com ou sem o peso da rotina.
E de repente fez sentido os anos que passei dentro desse belo prédio, esse mesmo prédio que por algumas vezes nem sabia porque ia, mas ia.
São minutos, talvez horas da minha existência que me dão a devida explicação do que eu faço, fiz, e por ora, ainda farei nessa vida terrena.
Sim não é fácil ser eu.
É fácil ser você?
IH! OHHHHHHHHHHHHHHH!
Doidinha mesmo.
beijo de quarta, tita

sábado, junho 02, 2007

Amanhecendo

Amanhã Sendo,como ELE gosta de brincar
Fundo do mar - Mia Couto



Quero ver



o fundo do mar


esse lugar


de onde se desprendem as ondas


e se arrancam


os olhos aos corais


e onde a morte beija


o lívido rosto dos afogados



Quero ver


esse lugar


onde se não vê


para que


sem disfarce


a minha luz se revele


e nesse mundo


descubra a que mundo pertenço




oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo



Mia Couto é um escritor moçambicano por quem me apaixonei quando li "Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra".

Ele estudou medicina (parece que não concluiu), depois fez biologia e jornalismo e trabalha como biólogo em seu país, além de escrever como aqueles poucos que têm mesmo um dom. Que a gente lê e sente que não há esforço inspiratório, tudo flui naturalmente, e que nos faz capazes de entender logo nos primeiros parágrafos que estamos diante de um desvio do normal, do comum. Um sujeito capaz de expressar com prosa toda a poesia da vida. A vida que existe e a que não existe.


Tive o grande prazer de assistí-lo na palestra de lançamento de seu livro "O Outro Pé da Sereia", em São Paulo no ano passado. Certamente um dos pontos altos de minha vida, desses que a gente se orgulha e tem mesmo de contar e recontar, como uma forma de relembrar. E relembrar é viver, já denunciava o sambinha. E depois de enfrentar uma fila de tietes descolados no Sesc Vila Mariana, consegui (junto com ela...) trocar uma palavra com o gênio, fazer uma brincadeirinha quase impertinente, ganhar seu simpático sorriso de volta e ter dois livros autografados. Ele é muito agradável, tem aquela natureza sábia e simples do contador de história, gosta muito de Guimarães Rosa (de quem sou também devota) e como esse último adora inventar e brincar com as palavras que podem explicar o inexprimível e inexplicável. Conta várias histórias e parece que participamos de momentos divertidos de sua vida, como quando foi para Cuba para receber um prêmio e o Fidel Castro mui educadamente mandou separar uns ornamentos exóticos do tipo bijouterias finas locais para presenteá-lo. Por Mia Couto da África se tomava ser uma mulher negra e exuberante. E era um homem de estatura mediana com olhos claros. Mas com muito a dizer e representar. Olha, acho que a história foi assim, posso ter errado o país, mas foi alguma coisa assim.
No dia 23 de maio passado, Mia Couto foi homenageado pelo governo de seu país pela obtenção do Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007, atribuído pela primeira vez a um escritor do país e da África.
Acho que já havia falado de Mia Couto por aqui, mas, quem bem me conhece sabe que sou por vezes repetitiva e certas coisas não me cansam nunca falar.
Beijo e bom sábado!
Tita
E digo mais:
A foto, um amanhecer na praia.
O amanhecer encerra uma beleza que tem sua faceta mais adorável na esperança do dia que promete chegar. Sim, eu nasci num amanhecer e me reencontro para um novo nascimento cada vez que tenho oportunidade de vislumbrá-lo.
E as quintas-feiras pela manhã tem me proporcionado esse reencontro.
Sem perceber, ou percebendo, uma injeção de esperança me acerta.
Encontre AQUI mais poesias lindas do Mia Couto!
Eu não resisto, vou colar mais um:

Poema de Mia Couto

Ser, parecer
Entre o desejo de ser
e o receio de parecer
o tormento da hora cindida

Na desordem do sangue
a aventura de sermos nós
restitui-nos ao ser
que fazemos de conta que somos
Mais um beijo,
TiTa