Lá estava eu na prosaica pizza do sábado a noite em família, tomando um suco de morango muito bem escolhido (sim,porque suco de morango escolhido é bem melhor!) e na mesa ao lado composta por seis ou oito adultos, de idades variadas, munidos de chopps claros ou escuros e eis que o primeiro ergue o punho com o copo em mãos e puxa um brinde ao "shauhdsuoasdl". Caramba não consegui entender o que estava sendo brindado!!! Até que a senhora localizada em frente a ele complementa o brinde " para que nunca mais ...studatedortraeduekdpp othn,zs!"
Então na absoluta impossibilidade de compreensão do motivo que faria a mesa brindar pensei em coisas passíveis de brinde. Desde o primordial "saúde", saudando a saúde, até um brinde a nova vida, a casa própria, ao carro novo, ao término da tese, ao noivado -quase em extinção-, a gravidez, a viagem por vir, a viagem que passou, a promoção profissional, a cirurgia bem sucedida...tantos motivos para brindar! Com ou sem álcool, já que o álcool nas mesas andam em baixa por conta dos 15 bafômetros que existem na grande São Paulo e que podem te atingir a qualquer momento, tão certeiro como um asteróide que cai do céu esquecendo de saber que seu destino era o mar.
Motivo para brindar, de verdade, não me falta. E sei também que a vida sem brindes não tem tanta graça. Confesso que achei esquisito sair hoje da festinha de criança que fomos no almoço sem as tais lembrancinhas. Nada falei, mas a troiana, ainda uma quadra distante do local da festa, disparou que achou "estranho não ter lembrancinha". Foi bom porque nenhum deles me fez passar vergonha. Só ela comentou, com a maior discrição e já há um raio maior que 500 metros, a ausência de tal sacolinha geralmente cheia de objetos inúteis e guloseimas úteis. Nada de brinde. Nem por isso a festa foi menos boa, é certo. Aliás a lembrancinha me serve muitíssimo. Já faz uns bons anos que aprendi como sair de festas infantis sem que os meus infantes demonstrem irredutibilidade quanto a minha decisão de evadir o local. Com a mãe do Biel aprendi que não devemos falar: "pegue seus sapatos que vamos embora", e sim " pegue seus sapatos e vamos pegar as lembrancinhas", estrategicamente localizadas a porta de saída e já com os menores entretidos nas tais inutilidades (por vezes tão bonitinhas, tão caprichosas!) facilmente alcançamos o nosso veículo e vamos até onde quisermos, sem maiores rebeldias.
Como não pude entender o motivo do brinde da mesa ao lado e ainda assim, me rendeu um post, no meio de uma maré de falta de tempo/assunto, devo brindar a minha Santa Curiosidade que me leva a situações e lugares por vezes esquisitos, mas de um modo geral me faz, no mínimo, mais divertida.
Muito boa, a noite. Para todos nós.
beijo,
TiTa
PS1: Se for beber não dirija. Mas não tem nada a ver com o bafômetro, e sim com reflexos diminuídos e acidentes mesmo.
PS2: Um brinde a minha mãe, que viajou até minha casa pra ficar aqui na primeira semana das férias com os troianos...e comigo também!
4 comentários:
fofoca ela metade é maldade. :P
tin-tin!
Patricia, adorei conhecer o seu blog. E adoro o seu pai. Uma pessoa e pediatra incríveis, que me dá a segurança e tranquiidade necessária para os cuidados com a minha pequena. Prazer em conhecê-la! bj, Priscila.
Eita tô com saudade.
Então, tin-tin.
Beijão!!!
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