quarta-feira, março 21, 2007

Sobre a Minha Ansiedade

Aí está a foto de um livro. Esse objeto de desejo.


Que eu sou ansiosa muitos sabem. Eu já sei. Aliás está difícil encontrar alguém que não vista esse predicado, inclusive se valendo dele para justificar fatos de relevância ou mesmo banais em situações corriqueiras da vida. Seguindo esse raciocínio: Come muito? É ansiedade. Chora à toa? Ansiedade. É grosseira gratuitamente? Ansiedade. Tem espinhas? Ansiedade. Fura o sinal vermelho? Ansiedade. E acaba que é um tal de Prozac, ou fluoxetina como devo prescrever, que todo mundo se vê tomando, até sem saber direito porquê.

É de um grande conforto ter uma palavra mágica para rotular coisas. E se for para rotular sentimento, então, melhor ainda! Sentimentos têm a capacidade desorientar seres humanos. E assim vamos aplacando a tal, ela mesma, a ansiedade que nos pega, ataca, corrói e paralisa. Tendo nome, ou melhor, um diagnóstico, tudo se assenta melhor.

E eu ouvi dizer que já se dosa quantidade de fluoxetina nos esgotos de São Paulo e de outras cidades do Brasil e do mundo, com certeza. De inicío pensei que seria pelo uso indiscriminado, então um médico amigo disse que seria por as pessoas desprezarem as cápsulas, compradas e depois preteridas, na privada. Sei lá, acho que é mesmo pelo uso descabido.

Mas juntando o assunto esgoto com ansiedade venho falar sobre o assunto que me perturbou nessa manhã. Numa casual leitura matinal, totalmente descompromissada, como você bem pode imaginar, descobri que entra em cartaz agora no dia 23 o filme "O Cheiro do Ralo", baseado no livro de Lourenço Mutarelli, de mesmo nome. Associe a um bom livro um roteiro de Marçal Aquino e atuação visceral (esse adjetivo os críticos gostam de usar!) do Selton Mello (mas também qual atuação dele não é visceral?). É uma gente de quem sou fã confessa há tempos. É uma gente muito boa, que tem o dom de tocar diretamente o botãozinho de prazer, cultural ou não, que tenho por dentro. Não tive oportunidade de assistir quando ele estava na mostra em São Paulo, e ganhou o prêmio de melhor filme. Agora guardo esse sentimento que PRECISO ver logo esse filme, uma questão de vida ou morte.
Ah, sim e a direção é de Heitor Dhalia, que não tenho muito a falar a não ser dados que li, se não me engano, na TPM (revista) de fevereiro. Garoto bonitinho, pernambucano. E talentoso pelo jeito.


É, doutor, um caso grave esse de ter ansiedade.


Um beijo,
TiTa
PS: Ainda hoje compro esse livro...já que não posso assitir ao filme NOW! (agora é a palavra do ansioso)
Ando pensando muito em palavras...

5 comentários:

Eu não sei, você sabe? disse...

AHHH
COMO é que não se encontra um livro em São José????

Livraria Cultura venha urgentemente abrir uma unidade aqui em São José, please.

Eu não sei, você sabe? disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Laís Flores disse...

O Marçal quem me apresentou foi você... e já virei fã, né?
O Selton eu sou fã escancarada também!
É... quando esse livro estava em algum festival, li um comentário super bom dele e da atuação do Selton no Estadão... tomara que venha logo pra Porto!

Beijos pra ti!!!

Laís Flores disse...

Ah sim!!!!

LIVRARIA CULTURA, VENHA IMEDIATAMENTE PRA LAJEADO TAMBÉM!!!!

Anônimo disse...

eita! eita! vixe! tou ansioso! compra logo esse livro que eu quero xerocar! vai! Vai! VAI!

;) (agora anônimo, pra não perturbar)