Rebela meu corpo
que depende de outro,
enigma sem cura,
para se compreender.
Rebola meu corpo
se vira e procura
imagem disforme
nada a entender.
Resguardo meu corpo
segredo maldito
escuro e guardado
impossível de ler.
Reage meu corpo
a revelia do próprio
suado e escuso,
mesmo sem querer.
Revela meu corpo
o que sou, volúpia,
está para o outro,
e pra mim, só se esconder.
.,
.
.
.
.
.,
É, meu amigo, era para ser fácil? Acho que não.
A imagem que ilustra é uma gravura de Burle Marx, e leva o sugestivo nome de Patrícia.
Poemsia baseada no texto de Barthes, aqui nesse distinto blog já publicado.
Bom domingo pra você,
TiTa
Um comentário:
Ui, que coisa linda!
InsPIRADA sempre: parabéns!
Lu
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