quinta-feira, novembro 16, 2006

Little Miss Sunshine

Nem de longe esse povo é normal...


"Criança não trabalha,
criança dá trabalho."


Essa frase, de uma música cantada pelo Palavra Cantada é de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, resume absolutamente bem a função da criança na família. E ela cai como uma luva para o filme que escolhi para assistir na noite do feriado: Pequena Miss Sunshine, ou "Little Miss Sunshine". Minha amiga cor-de-rosa falou para eu ir assistir, disse ser o filme a minha cara (agora que já vi fico até um pouco assustada...). Senhorita Mirliton colocou em seu blog, suas impressões sobre o filme, recomendando fortemente a todos que assistissem. Lá fui eu .Trata-se de uma família que, dificilmente, não podemos estabelecer algum grau de identificação. O famoso de perto ninguém é normal. E não é mesmo...Pobre de quem teima achar que é.
A família em fiasco composta por um pai que pensa ter no programa de auto-ajuda que criou a "solução de todos seus problemas" no melhor estilo Tabajara(da tabajara's corporation). Cria-se uma metalinguagem interessante, na sua idéia de auto-ajuda ele será enfim salvo. E, em não dando certo seu projeto, aposta na sua garota de 7 anos a chance de virar a mesa e finalmente deixar de ser um "loser". Muito além do que é possível foi feito para que eles chegassem até a cidade sede do concurso em tempo hábil. E, em lá chegando, percebem o equívoco. Esses mini talentos infantis
são mesmo um show de non-sense, uma violência a natureza da criança. O show da nossa atriz mirim só vem reforçar a violência que isso tudo representa. É para afrontar mesmo e para mostrar que não há diferença entre o show dela e o das outras meninhas precoces que lá estavam. É tudo um despropósito.
Ou como diria meu pai, pediatra acostumado ao convívio familiar diverso, tem mãe(ou pai) que é duro de se criar. Não é?
Um beijo,
Tita

7 comentários:

Anônimo disse...

Tita:
Fiquei com vontade de ver esse filme! Vc é uma boa resumidora...rsrsr!
bjo, bjo, bjo!

Eu não sei, você sabe? disse...

Givinha:
Vá! boas risadas estarão garantidas!
beijo

Anônimo disse...

Tróia querida!
Eu bem disse que era sua cara porque você gosta de filmes "diferentes", rs.... Mas realmente é um choque e mostra bem como as crianças tem sido "adultizadas" (esta palavra existe?)muito cedo de forma horrorosa.... o filme mostra isto de uma forma que nos faz rir e ao mesmo tempo querer chorar não é?
beijocas cor de rosa!

Anônimo disse...

Ai que droga viu??!!!...eu tô tão distante ... e não sei o que comentar!!!..só sei que te li....

Anônimo disse...

Tita,

A única coisa que gosto de assistir na TV é o programa de entrevista do Craig Fergusson na CBS (fora uns mandatórios minutos de CNN) e lá ele entrevistou 3 atores que participaram do filme. Vi vários clips e trailer e estou super a fim (é assim que se escreve? ou que vem de afinidade? mas oxítona termina em n?... hmmm... whatever...) de assistir e agora ainda mais já que segundo sua amiga, vou lhe conhecer um pouquinho mais.... ehhhhh... ferrou!! hahaha!

Beijo,

Beth Blue disse...

eu tinha escrito no meu blog sobre este filme há um tempo atrás, você leu? engraçado é que, pelo pouco que te conheço, não acho o filme a sua cara e sim a minha!!! rsrrrs.

tudo na vida é uma questão de como percebemos as pessoas...só que cada pessoa nos percebe como melhor que convém. vida complicada, hehehe.

FELICIDADEetrist... disse...

Bom, minha lindaiá, como eu te disse, esse foi pra mim um dos MELHORES filmes dos últimos tempos! Só vi há dois dias (nossa, qto tempo depois de tu, tatu!), e recomendo e insisto porque já vai sair de cartaz!
Muito interessante e inteligente, além de um baita divertimento!
Bjuuuus!
Lu